Aula do 3º A
e-mail sheilafavero@prof.educacao.sp.gov.br
Unidas pelo mesmo tema, Língua Portuguesa e Arte.
Falando de Modernismo, na fase da Antropofagia
Copiar no caderno de Arte com margem de um centímetro e Letra de forma, pra matar a saudade!!!!
A utilização do termo “antropofágico” está relacionado a “antropofagia”, que refere-se ao ato de comer ou devorar a carne de outra
pessoa. Dentro da história, ela é usada para apontar atos ritualísticos, no qual acredita-se que, ao comer a carne de um outro homem, a pessoa estaria adquirindo também as suas habilidades.
Trazendo para a realidade do movimento antropofágico, a ideia sugerida por Andrade era basicamente “devorar” essa cultura enriquecida por técnicas importadas
e promover uma renovação estética na arte brasileira.
Diante disso, o objetivo do movimento foi promover pensamentos para “engolir” as influências estrangeiras, de forma que os modernistas enxergassem a realidade brasileira
dentro delas e pudessem desenvolver uma nova cultura com a cara do país, excluindo, o eurocentrismo da arte.
Algumas questões:
1- Faça uma leitura descrevendo as telas, exemplo: cores, linhas, formas e o que chama mais atenção.
Isso de cada tela
2 - Que sentimentos as telas provocam em você? Por quê?
3 - Em sua opinião, o que representam as cores utilizadas nas telas?
4 - Se pudesse escolher uma música para representar estas obras, qual seria?
5 - Depois de responder e olhar a descrição de cada uma delas, você vai escolher e fazer uma releitura.
Faça no caderno de arte, em outra folha, papelão ou até em uma tela do tamanho da folha de sulfite, pode pintar com guache, maquiagem, fazer recortes de revistas, papel
de presente, papel colorido, E.V.A., linhas, lã, enfim o material que tiver a disposição e a criatividade.
Vamos expor quando voltarmos!!!
Obras da Tarsila do Amaral
O Abaporu - 1928
Abaporu foi produzida em 1928 com a técnica óleo sobre tela e mede 85 x 72 cm. Encontra-se atualmente no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA).
Uma das obras mais conhecidas de Tarsila é, sem dúvida, Abaporu. O nome é uma junção das palavras tupis aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando portanto homem que come gente, ou antropófago.
Foi idealizada pensando na cultura brasileira e exibe uma pessoa sentada em posição reflexiva. A figura apresenta grandes distorções e está inserida em
uma paisagem tipicamente brasileira, mais especificamente nordestina. Expõe intensamente as cores da bandeira do Brasil.
A Negra - 1923
O quadro é um óleo sobre tela feito em 1923 e mede 100 x 80 cm. Pertence à Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo,
em São Paulo.
No trabalho A Negra, Tarsila expõe a figura de uma mulher com traços bem marcados, mãos e pés
grandes e cabeça pequena. Além disso, a artista explora elementos cubistas ao fundo.
Nessa obra, podemos perceber a representação da mulher negra como um ser que carrega uma pesada carga social, o que se pode notar pelo olhar melancólico e pelo seio
caído à mostra.
A mama que pende do corpo faz referência à prática das amas de leite na época da escravatura, na qual as escravizadas amamentavam e cuidavam dos filhos das mulheres
brancas da elite.
Antropofagia - 1929
O quadro foi pintado em 1929, é um óleo sobre tela com dimensão de 126 x 142 cm e pertence à Fundação José e Paulina Nemirovsky, em São Paulo.
Em Antropofagia, Tarsila uniu duas obras produzidas anteriormente: A Negra (1923) e Abaporu (1928). Nessa tela, a artista funde as duas figuras, como se eles possuíssem dependência mútua.
Aqui a imagem da negra é apresentada com a cabeça diminuída, fazendo par com a cabeça de Abaporu. Os seres encontram-se emaranhados como se fossem um só e integram-se à natureza.
A Lua - 1928
A composição, produzida em 1928, pertence à fase antropofágica de Tarsila e mede 110 x 110 cm.
Em 2019 foi adquirida pelo Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) pelo valor exorbitante de 20 milhões de dólares (cerca de 74 milhões de reais).
No quadro A Lua, a artista apresenta uma paisagem noturna com cores saturadas e formas sinuosas. A lua e o cacto aparecem
de maneira bastante estilizada.
Urutu ou O ovo - 1928
A tela foi feita em 1928. Pintada em tinta a óleo, mede 60 x 72 cm e integra o acervo da Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna (MAM), do Rio de Janeiro.
A obra Urutu - também conhecida como O ovo - é cheia de simbolismos. Apresenta uma cobra, que é um animal bastante temido e que possui a capacidade de deglutição. Há também
um enorme ovo, significando o nascimento de uma ideia, de um projeto novo.
Esses símbolos relacionam-se diretamente com o movimento modernista que estava nascendo no país, especialmente com a fase antropofágica. Tal fase propunha "ingerir"
as ideias das vanguardas artísticas que ocorriam na Europa e transformá-las em uma nova arte preocupada com a cultura nacional.
Retrato e Autorretrato da Tarsila do Amaral de 1923
Ideias:
Não esqueçam de tirar foto e mostrar as questões e a releitura!
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Messenger Sheila Favero
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