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PROFª ELIZABETH APARECIDA SIMÕES MESQUITA
Eletiva:
Fotografia
Turno:
Manhã
1º ano A
EM
Profª Leticia Rolim
Whatsapp: (11) 955516348
Oi pessoal,
tudo bem com vocês?
A atividade
dessa semana é continuação da semana passada, onde iremos investigar um pouco a
questão da Beleza na fotografia e a autoestima.
Você já parou
para pensar que só queremos tirar foto do que achamos bonito? Que nos sentimos
muito mal quando nossa aparência não fica boa nas fotos, quando às vezes
queremos mostrar algo diferente do que vemos na vida real, sem as câmeras?
Susan Sontag,
escritora sobre a qual falamos na semana passada, fala um pouco sobre isso aqui
embaixo. Leia o texto:
O HEROÍSMO DA
VISÃO – SUSAN SONTAG
“Ninguém
jamais descobriu a feiura por meio de fotos. Mas muitos, por meio de fotos, descobriram
a beleza. Salvo nessas ocasiões em que a câmera é usada para documentar, ou
para observar ritos sociais, o que move as pessoas a tirar fotos é descobrir
algo belo. (O nome com que Fox Talbot patenteou a fotografia em 1841 foi calótipo:
do grego kalos, belo.) Ninguém exclama: “Como isso é feio! Tenho de
fotografá-lo”. Mesmo se alguém o dissesse, significaria o seguinte: “Acho essa
coisa feia... bela”.
É comum, para
aqueles que puseram os olhos em algo belo, lamentar-se de não ter podido
fotografá-lo. O papel da câmera no
embelezamento do mundo foi tão bem-sucedido que as fotos, mais do que o mundo,
tornaram-se o padrão do belo. Anfitriões orgulhosos de sua casa podem
perfeitamente mostrar fotos do lugar onde moram para deixar claro aos visitantes
como se trata de uma casa, de fato, maravilhosa. Aprendemos a nos ver fotograficamente: ver a si mesmo como uma pessoa atraente
é, a rigor, julgar que se ficaria bem numa fotografia. As fotos criam o belo e — ao longo de gerações de fotógrafos — o
esgotam. Certas glórias da natureza, por exemplo, foram simplesmente entregues
à infatigável atenção de amadores aficionados da câmera. Pessoas saturadas de
imagens tendem a achar piegas os pores do sol; agora, infelizmente, eles se
parecem demais com fotos.
Muitos se
sentem nervosos quando vão ser fotografados: não porque receiem, como os
primitivos, ser violados, mas porque temem a desaprovação da câmera. As pessoas querem a imagem idealizada: uma
foto que as mostre com a melhor aparência possível. Sentem-se repreendidas
quando a câmera não devolve uma imagem mais atraente do que elas são na
realidade. Mas poucos têm a sorte de ser “fotogênicos” — ou seja, parecer melhor
nas fotos (mesmo quando não são maquiados ou beneficiados pela luz) do que na
vida real. A circunstância de as fotos
serem muitas vezes elogiadas por sua espontaneidade, por sua honestidade,
indica que a maioria das fotos, é claro, não é espontânea. Em meados da década
de 1840, o processo negativo-positivo de Fox Talbot começou a substituir o daguerreótipo
(o primeiro processo fotográfico viável). Uma década depois, um fotógrafo
alemão inventou a primeira técnica de retocar o negativo. Suas duas versões de
um mesmo retrato — uma retocada, a outra não — espantaram a multidão na
Exposition Universelle de Paris, em 1855 (a segunda feira mundial e a primeira
com uma exposição de fotos). A notícia
de que a câmera podia mentir tornou muito mais popular o ato de se deixar
fotografar.
[...]
”
SONTAG,
Susan. Sobre Fotografia. Tradução de Rubens Figueiredo. – 1. ed. – São Paulo:
Companhia das Letras, 2004.
Agora, leia a
reportagem abaixo, comparando com o texto que acabou de ler.
REPORTAGEM: “Instagram
é a rede social mais nociva à saúde mental, diz estudo” Superinteressante
Sabe aquele
baixo astral que dá quando você fica muito tempo nas redes sociais? Não é só
com você. Além do tempo perdido, as
horas conectado também afetam nossa saúde mental. A coisa funciona como uma
droga, afinal: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador,
mais tempo você quer ficar.
A metáfora
não é em vão. Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro – é o que
diz a pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido,
Royal Society of Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem. E,
dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos
jovens.
Os resultados
mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que
qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis a seus
efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa
parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos. Os jovens avaliados
estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, sem sono, e a razão disso
tudo pode estar na palma das mãos deles: nas redes sociais, justamente.
Ao longo da
pesquisa, 1479 indivíduos , entre 14 e 24 anos tiveram que ranquear o
quanto as principais redes (Youtube,
Instagram, Twitter e Snapchat) influenciavam seu sentimento de comunidade,
bem-estar, ansiedade e solidão.
O estudo mostrou que o
compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a
autoimagem, e aumenta
o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências. Segundo a
pesquisa, o site menos nocivo é o Youtube, seguido do Twitter. Facebook e
Snapchat ficaram em terceira e quarta posição, respectivamente.
Apesar do
Youtube ser um dos sites que mais deixam os jovens acordados até altas horas, o
site foi avaliado como o que menos prejudicou o bem-estar dos participantes. Instagram, em contrapartida, recebeu mais
da metade das avaliações negativas. Sete em cada 10 voluntários disseram que o
app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem. Entre
as meninas, o Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem
infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive,
procedimentos cirúrgicos.
[...]”
Disponível
em: https://super.abril.com.br/sociedade/instagram-e-a-rede-social-mais-prejudicial-a-saude-mental/
ATIVIDADE
Com base nos
textos que leu, responda:
1)
Qual
a relação entre o texto de Susan Sontag, sobre a beleza na fotografia, e a
reportagem que leu, sobre as redes sociais? Explique.
2)
Você
acha que as redes sociais e a fotografia ajudam ou atrapalham a nossa relação
com a nossa autoestima? Por quê?
3)
Na
sua opinião, por que as pessoas que participaram da pesquisa na reportagem sentem
ansiedade, depressão, autoestima baixa e falta de sono ao usar as redes sociais?
Instagram, Facebook, Youtube, etc.
4)
Você
sente a mesma coisa que as pessoas entrevistadas na reportagem, quando usa suas
redes sociais? Conhece alguém que sente?
IMPORTANTE:
Envie suas respostas no e-mail leticiarolim@prof.educacao.sp.gov.br
ou pelo whatsapp até 10/07, sexta-feira que vem. Ou digitado via Word ou Documentos Google, ou uma foto legível do caderno com as respostas.
Faça o possível para desenvolvê-las
bem. Mínimo 2 linhas para cada resposta.
Caso tenham dúvidas peço que me enviem
por e-mail, ajudo no que puder.
Abraços,
Profa Leticia
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