PROF.
LIRIA BORDINHAO – 1 A,1B, 1C - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
SEMANA
DE 22 A 26 DE JULHO
DATA Das AULAS –07 E 09 DE
JULHO
TEMA DA AULA: Revisão
sobre o Trovadorismo, Charges, Tiras e Cartuns.
Habilidades do
Currículo do Estado de São Paulo:
v Adaptar textos em diferentes
linguagens, levando em conta aspectos linguísticos históricos e sociais.
Objetivos da aula:
v Reconhecer aspectos linguísticos
específicos da construção dos gêneros indicados no bimestre.
OBS. CADERNO DO ALUNO P. 118, 119 – CHARGES , TIRAS E CARTUNS
1 –
CONCEITO – CHARGES – TIRAS E CARTUNS
A Charge faz
uma sátira (crítica sarcástica) de acontecimentos atuais, geralmente na esfera
política, a fim de demonstrar indignação e insatisfação com a situação vigente.
Além disso, a charge quase sempre utilizada à caricatura para delinear o (s)
personagem (s) envolvido.
A Tirinha é uma sequência de quadrinhos que geralmente faz uma
crítica aos valores sociais. É publicada com regularidade, e as mais famosas,
ou ao menos mais usadas em vestibulares, são as da personagem Mafalda.
O cartum
também utiliza da caricatura, porém, diferente da charge, ele não retrata personagens
conhecidos e não tem como objetivo satirizar uma situação atual, simplesmente
faz graça com uma situação cotidiana. É algo próximo de uma piada.
ATIVIDADE 1 - RESPONDER
PAGINAS 118, 119, 120 DO CADERNO DO ALUNO VOL. 2
Revisão- EU-LIRICO
, NARRADOR, VOZ DO POEMA
Esse termo designa uma espécie de narrador do poema, e assim seria
chamado se não estivéssemos falando dos textos literários, sobretudo do gênero lírico. Quando você lê um poema e percebe a
manifestação de um “eu literário”, aquela voz, aquela personagem
presente nos versos, não é necessariamente o autor real do poema.
O Eu
lírico, Sujeito Lírico ou Eu
poético é um conceito que designa a voz que se manifesta
na poesia.
Criada
pelo poeta, essa voz apresenta as reflexões, sentimentos, sensações e emoções
de um sujeito fictício que discursa em primeira pessoa (Eu).
Exemplos
Ai Flores do Verde Pino
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado
aquel que mentiu do que mi há jurado!
Ai Deus, e u é?
aquel que mentiu do que mi há jurado!
Ai Deus, e u é?
-Vós me preguntades polo voss'amigo,
e eu bem vos digo que é san'e vivo.
Ai Deus, e u é?
e eu bem vos digo que é san'e vivo.
Ai Deus, e u é?
Vós me preguntades polo voss'amado,
e eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
e eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é san'e vivo
e será vosco ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?
e será vosco ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é viv'e sano
e será vosc'ant'o prazo passado.
Ai Deus, e u é?
e será vosc'ant'o prazo passado.
Ai Deus, e u é?
(Dom Dinis)
Nessa canção trovadoresca de amigo o
eu lírico é feminino, enquanto o autor da cantiga é masculino.
A voz do poema surge de
uma senhora (a entidade fictícia criada pelo escritor) que fala do seu amado.
Entretanto, quem escreveu a poesia, ou seja, a pessoa real, é o escritor
português Dom Dinis (1261-1325), conhecido como o “rei-poeta”.
A Porta
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito
inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
(Vinicius de Moraes)
Os
exemplos mostram que o escritor escolhe qual personagem ele vai criar para dar
voz à sua poesia. Faz isso quando opta por um eu-lírico, que tanto pode ser
masculino, feminino ou, tal como no poema de Vinicius de Moraes, um objeto.
Diferença
entre eu lírico e poeta
Um
dos maiores nomes da Literatura Portuguesa, Fernando Pessoa,
nos chama a atenção para essa diferença entre o eu-lírico e o poeta quando cria
seus heterônimos.
Os
heterônimos são pessoas inventadas pelo poeta, que têm sua própria
personalidade e, assim, assinam os poemas. Os mais conhecidos heterônimos de
Pessoa são Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
Mesmo
que todos os poemas tenham sido escritos por Pessoa, muitos deles possuem
personalidade distintas, as quais ele incorpora quando escreve.
ATIVIDADE 2 – FAÇA UM RESUMO SOBRE O CONCEITO QUE ACABOU DE LER.
ATIVIDADE 3 – FAÇA UMA PESQUISA SOBRE Camões- ESCREVA UM RESUMO. VIDA
E OBRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário