sábado, 19 de setembro de 2020

Prof° Guilherme - Tecnologia - 1°, 2° e 3° ano Médio

 Atividade referente ao 3° bimestre.


O consumismo

O consumismo é uma compulsão que leva o indivíduo a comprar de forma ilimitada e sem necessidade bens, mercadorias e/ou serviços. Ele se deixa influenciar excessivamente pela mídia, o que é comum em um sistema dominado pelas preocupações de ordem material, na qual os apelos do capitalismo calam fundo na mente humana. Não é à toa que o universo contemporâneo no qual habitamos é conhecido como “sociedade de consumo”. Depois da Revolução Industrial, que possibilitou o aumento da escala de produção e incrementou o volume de mercadorias em circulação, o mundo se modificou profundamente. Com a industrialização veio o desenvolvimento econômico nos moldes do liberalismo e o consumismo alienado, ou seja, é como se as mercadorias fossem entidades abstratas e autônomas, independentes dos esforços humanos. Porque agora o homem não consome mais, como outrora, os produtos que ele mesmo elabora. Ele se encontra apartado dos frutos de seu próprio trabalho.

O ciclo de consumo

As organizações modernas trabalham em função dos seus consumidores. O seu ciclo de produção completa-se com o ciclo de comercialização e consumo, originando-se desta forma o ciclo de consumo que será definido como o processo complexo que envolve pessoas e a satisfação de suas necessidades determinadas por várias circunstâncias, tais como, lugar, época, capital, equipamentos, materiais, cultura, leis, entre outras.

Lixo Eletrônico

O lixo eletrônico (e-lixo) ou tecnológico, como o próprio nome indica, é aquele proveniente de materiais eletrônicos. Ele também é conhecido pela sigla RAEE (Resíduos de Aparelhos Eletroeletrônicos).

Com o avanço da tecnologia no mundo moderno, há um excesso de lixo eletrônico os quais podem causar diversos impactos negativos no meio ambiente.

Vida útil dos produtos está cada vez mais curta com a obsolescência programada

Eletrodomésticos, eletrônicos, eletroeletrônicos e dispositivos digitais são, invariavelmente, descartados depois de algum tempo. Isso ocorre, muitas vezes, pelo desgaste do produto ou pela vontade do consumidor de adquirir novas versões daquele objeto de desejo. O que muitas pessoas não sabem é que esses objetos podem ser feitos pelos próprios fabricantes para não funcionar depois de um tempo programado, caracterizando a obsolescência programada.

O produto acaba se tornando ultrapassado ou não-funcional propositalmente, com o intuito de forçar a compra das suas novas gerações, fazendo aumentar a circulação e o consumo de produtos. Por isso, mais da metade dos aparelhos móveis e domésticos são substituídos em um curto período de tempo. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Market Analysis, empresa que realiza estudos de mercado e opinião pública, são trocados um em cada três eletroeletrônicos por falta de desempenho e três em cada dez eletrodomésticos por apresentarem defeitos, mesmo em funcionamento.

80% dos brasileiros não buscam assistência técnica e 46% preferem comprar novos aparelhos a consertar os velhos. Ainda de acordo com o estudo, dentre os aparelhos mais usados pelos brasileiros, o celular é o que tem menor durabilidade, com uma vida útil de, em média, três anos. Além desse dispositivo bastante familiar, outros equipamentos têm o tempo estimado semelhante:


Mas como os fabricantes conseguem diminuir a vida útil dos aparelhos? Segundo o professor Geneflides Silva, 48, mestre em Informática Aplicada, a transformação provém da crescente evolução tecnológica e, consequentemente, da busca por inovação. “As pesquisas científicas permitem cada vez mais um conhecimento das propriedades físicas e químicas dos componentes, ocasionando um controle quase que absoluto do comportamento desejado de tais substâncias. Desta forma, este domínio permite aplicar na fabricação e durabilidade dos dispositivos”, afirma.

Estratégia de mercado

O principal objetivo da obsolescência programada é provocar a alta do consumo, uma vez que a tecnologia se tornou essencial na vida moderna. “A tendência é que os consumidores necessitem de uma substituição rápida”, declara Geneflides. Assim, ele garante um uso constante por meio da insatisfação dos compradores.

Muitos ativistas afirmam ser a obsolescência um fenômeno do sistema capitalista. Benito Muros, empresário espanhol e membro do movimento Sem Obsolescência Programada (SOP) disse, em entrevista para o canal  Informativos, que “lutamos para que as coisas durem o que tenham que durar, porém os fabricantes de produtos eletrônicos os programam para que durem um tempo determinado e obrigam os usuários a comprar outros novos”

 

“O consumo de nossa sociedade está baseado em produtos com data de validade. Mudar isso suporia mudar nosso modelo de produção e optar por um sistema mais sustentável”, critica o SOP. O gasto não acontece somente quando o objeto deixa de funcionar, mas também na resolução da própria garantia. Apesar dela ser assegurada por lei, muitos fabricantes, já sabendo o período de atividade do seu artigo, vendem uma garantia estendida mais cara que o normal. E, geralmente, o produto não vai ter nenhum efeito negativo antes do prazo que ela cobre.

 

Segundo o Idec, a quantidade de assistências técnicas dos principais fabricantes de celular, por exemplo, não é suficiente. “Em 13 estados, pelo menos uma das marcas não possui nenhum posto”, indica no próprio site. Os consumidores, ao procurarem uma assistência técnica independente, acabam surpreendidos com o preço do conserto. Por ser um valor elevado, muitos afirmam não compensar, e acabam adquirindo uma nova mercadoria.

 

Consequências

 

A prática de tornar um produto obsoleto gera inúmeras complicações. Por conter recursos químicos em sua composição, o lixo tecnológico (resíduo produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos) precisa ser descartado em um lugar especial. De acordo com o levantamento do Idec, uma minoria dos consumidores descartam os aparelhos em pontos de coletas específicos para produtos eletrônicos.

 

“Apesar da consequência positiva relacionada a manutenção do conforto do consumidor, o aspecto negativo para o meio ambiente é enorme”, afirma o professor Geneflides. Segundo ele, pesquisas comprovam a relação do aquecimento global com o uso desenfreado dos recursos do planeta, utilizados para produção dos bens de consumo.

 

Para o Movimento Sem Obsolescência Programada, os fabricantes devem ter consciência sobre as crises de endividamento dos usuários, o descarte de tantos aparelhos e o crime ecológico provocado.



Perguntas
 
1-Quando você compra produtos eletrônicos, quanto tempo espera que durem?
2-Quando o aparelho eletrônico quebra é fácil fazer o conserto ?
3-Você (ou alguém que conheça) já preferiu comprar um aparelho novo em vez de consertar?
4-Você acha que os fabricantes sempre projetam produtos deliberadamente para ter uma vida útil pequena ?
5-Qual o principal objetivo da obsolescência programa?
6-Por que na maioria das vezes vale mais a pena comprar um produto novo ao invés de consertar?
7-O que é lixo eletrônico ?
8-Qual o impacto ao meio ambiente pode ser gerado pela obsolescência programa ?

 

 (Copiar texto e perguntas no caderno, mandar imagem da atividade via e-mail)



Link para Vídeo aula 

1ª série EM - Tecnologia e Inovação - E se as coisas fossem feitas para durar...

https://www.youtube.com/watch?v=Ell1rZQvoh0&ab_channel=1as%C3%A9rieEM-CMSP

2ª série EM - Tecnologia e Inovação - E se as coisas fossem feitas para durar...

https://www.youtube.com/watch?v=qEIIHUHlSmk&ab_channel=2as%C3%A9rieEM-CMSP

3ª série EM - Tecnologia e Inovação - E se as coisas fossem feitas para durar...

https://www.youtube.com/watch?v=vQQt1uFnlVg&ab_channel=3as%C3%A9rieEM-CMSP



OBS: Duvidas colocar no comentário a baixo , ou mandar via e-mail  Gui-israel@hotmail.com




Bom estudo !!!


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