segunda-feira, 18 de maio de 2020


Prof. Liria Bordinhao  ATIVIDADE PARA 2 A – SEMANA DE 18 A 22 DE MAIO
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
DATA DA AULA: 13/05/2020
HORÁRIO: 18H30 às 19h15 (45 minutos)
MEIO DE TRANSMISSÃO: Aplicativo CMSP
PROFESSORES: Márcia de Cerqueira Ribeiro e Daniela de Moura  (Mediadora)
TEMA DA AULA: Análise Estilística e Conectivos – Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas.
ETAPA DE ENSINO: 2º ano Médio
Habilidades do Currículo do Estado de São Paulo:
Ø  Reconhecer o efeito de sentido produzido pela exploração de recursos morfossintáticos;
Ø  Identificar, localizar e reconhecer os diversos usos da norma padrão ou de outras variações linguísticas;
Ø  Reconhecer valores semânticos;
Ø  Estabelecer relações lógico-discursivas, analisando os valores argumentativos dos conectivos (as conjunções).

ANALISE ESTILÍSTICA - CONECTIVOS

Os conectivos, também chamados de conectores ou articuladores do discurso, são palavras ou expressões que ligam frases e orações, possibilitando a construção de uma sequencia de ideias.


Conceituando...
Conjunções – Palavra invariável que estabelece uma relação de sentido entre duas ou mais orações.
Observação: A conjunção só aparecerá em período composto.
Exemplo: Gosto de Machado de Assis, mas prefiro João Guimarães Rosa.
Neste período composto, temos dois verbos: gosto e prefiro, que estão conectados pela conjunção adversativa “mas”, que estabelece uma relação de sentido de oposição e/ou adversidade, por isso a chamamos de conjunção adversativa.

Oração: Enunciado de palavras que tem como núcleo um verbo ou mais.
A oração com apenas um verbo, chamamos de Período Simples
Exemplo: Gosto de Machado de Assis.
Apenas um verbo (gostar), então temos um período simples.
Oração período composto: pode ter dois verbos ou mais.
Exemplo: Gosto de Machado de Assis, mas prefiro João Guimarães Rosa.
Dois verbos: gostar e preferir, logo temos um período composto.

EXERCÍCIO 1

" A Carteira" de Machado de Assis

"(...) De repente, Honório olhou param o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanha-la e guarda-la foi obra de alguns instantes. Ninguem o viu, salvo um homem que estava a porta de uma loja e sem o conhecer, lhe disse rindo:
- Olhe, se não  dá  por ela; perdia-a de uma vez.
- E verdade- concordou Honório envergonhado."

A partir do trecho citado, verifique o numero de períodos existentes.


Saiba que:
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.
Conceituando...
Ø  As orações coordenadas que se ligam a outras sem o auxílio de conjunção (sem conectivos) são chamadas assindéticas.
Exemplo: Cléo selecionou todas as roupas...
Ø  As orações coordenadas que se ligam a outras por meio de conjunção (com conectivos) chamam-se sindéticas.
Exemplo: Cléo selecionou todas as roupas e as lavou

Tipos de orações coordenadas sindéticas
oração coordenada sindética é classificada de acordo com a conjunção por meio da
qual se conecta à oração anterior. Por essa razão, pode ser:
Ø  aditiva, quando unicamente acrescenta (soma; adiciona) uma ideia à oração anterior
e é, geralmente, introduzida por uma conjunção aditiva. São introduzidas pelas conjun-
ções enemO meu amigo não veio nem me telefonou.
Ø  adversativa, quando estabelece uma relação de contraste, de oposição em relação à
oração anterior e é, geralmente, introduzida por uma conjunção adversativa. São
introduzidas pelas conjunções mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entantoTive muito trabalho, mas o resultado foi satisfatório.
Ø  alternativa, quando estabelece uma relação de alternância ou exclusão com a oração
anterior e é, geralmente, introduzida por uma conjunção alternativa. São introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, quer... querOra ela brincava, ora provocava o
irmão.
Ø  conclusiva, quando conclui uma ideia apresentada pela oração anterior e é, geralmente, introduzida por uma conjunção conclusiva. São introduzidas pelas conjunções logo, pois, portanto, por isso, por conseguinte, assimEstou bem preparada, portanto vou me sair bem nas provas.
Ø  explicativa, quando explica (justifica) uma ideia apresentada pela oração anterior e é,
geralmente, introduzida por uma conjunção explicativa. são introduzidas pelas conjunções pois, que, porquanto, porqueFazia de tudo para agradar, pois tivera fama de antipático

Pontuação das orações coordenadas

       Em princípio, as orações coordenadas assindéticas ou sindéticas são separadas por vírgulas, mas podem ser também separadas por outros sinais de pontuação, como o ponto e vírgula, o travessão e o-
-final.
       Mesmo iniciada por e, a oração coordenada vem separada por vírgula:
Ø  se o sujeito dela não for o mesmo da coordenada anterior: “Era domingo, todos
pareciam exibir seus melhores trajes (...)”. (LAURITO, Ilke Brunhilde. O mundo novo do Novo Mundo. Em: Nós e os outros. São Paulo: Ática, 2000. p. 28.)
Ø  se, por razões estilísticas, o e vier repetido: “E bufou, bufou, bufou...”
Ø  se a oração coordenada estiver intercalada por outras orações ou sintagmas:
Ø  O levantamento foi liderado pelo professor Samuel Gross, da Escola de Direito da Universidade de Michigan, reforça dois importantes e recorrentes questionamentos em países.
       As conjunções pospostas ao verbo nas orações coordenadas sindéticas adversativas devem vir sempre entre vírgulas: Você deu um bom conselho; deveria, no entanto,ter esperado mais algum tempo.
       Porém, se iniciarem a oração, é aconselhável que as conjunções venham antecedidas de ponto e vírgula:
A roupa é caríssima; no entanto, lhe cai bem.
       As conjunções coordenadas conclusivas pois portanto, entre outras, vêm sempre depois do verbo e entre vírgulas, desde que não iniciem a oração coordenada sindética: Ele é seu pai; você deve, pois, ouvir seus conselhos. Ele é seu pai; você deve, portanto, ouvir seus conselhos.




Atividades
I – Leitura, análise e interpretação de texto.
Leia o conto “A carteira” completo:
A carteira
O conto “A carteira”, de Machado de Assis, foi publicado originalmente na obra
“A estação”, em 1884, e posteriormente compilado no segundo volume de
“Contos fluminenses
       ...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la
e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
       — Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.
       — É verdade, concordou Honório envergonhado.
       Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar
amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A
dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as
quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores.
Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher,
que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que
não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a
outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão
perpétuo, uma voragem.
       — Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
       — Agora vou, mentiu o Honório.
       A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos;
por desgraça perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças. Não só
recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo
caso, andavam mofinas nos jornais.
       D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios.
Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de
prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas
pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que
       D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou
jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.
       Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha, criança de quatro anos, e
viu-lhe os olhos molhados; ficou espantada, e perguntou-lhe o que era.
       — Nada, nada.
Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da miséria. Mas as esperanças
voltavam com facilidade. A idéia de que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto
para a luta. Estava com trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos os princípios são
difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal, e a
más horas.
       A dívida urgente de hoje são uns malditos quatrocentos e tantos mil-réis de carros.
Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe
punha a faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto mau, e Honório
quer pagar-lhe hoje mesmo. Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota,
mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua da Assembléia é que viu a carteira no
chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando.
       Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando,
andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, — enfiou depois pela Rua
da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a
pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu
alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia
não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa
principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que
achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão
irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto.
A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou
anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e
puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que,
se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase
às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu
duas notas de duzentos mil-réis, algumas de cinqüenta e vinte; calculou uns setecentos mil
réis ou mais; quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas
urgentes. Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de
paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder,
tornou a guardá-la.
       Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar
para quê? Era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve
um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um
anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E
voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do
achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.
"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro,"
pensou ele.
       Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados,
que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a
carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior;
achou mais dous cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar; era dele.
A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato
ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. Todo o
castelo levantado esboroou-se como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café, sem
reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou que era quase noite. Caminhou para casa.
Parece que a necessidade ainda lhe deu uns dous empurrões, mas ele resistiu.
"Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer."
Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado, e a própria D. Amélia
o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.
       — Nada.
       — Nada?
      — Por quê?
      — Mete a mão no bolso; não te falta nada?
      — Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou?
      — Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.
Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Esse olhar
foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um
triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu-lhe as
explicações precisas.
       — Mas conheceste-a?
— Não; achei os teus bilhetes de visita.
       Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou
novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não
quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil
pedaços: era um bilhetinho de amor.
Obra de domínio público. Disponível em : < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf > Acesso em: 13 maio. 2020.



Leia o trecho a seguir e depois faça o que se pede:
...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.
— É verdade, concordou Honório envergonhado.

Agora responda no caderno.

1. Quem “viu uma carteira” e onde?
2. O que foi “obra de alguns instantes”?
3. O que significa o termo “o” no trecho “sem o conhecer”? Ou seja, quem não conhecia quem?
4. O que o “homem que estava à porta de uma loja” quis dizer quando falou “— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.”?
5. Por que Honório se sentiu envergonhado? Sabemos o motivo pelo trecho acima?


Leia o trecho a seguir e depois faça o que se pede:
       Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de
pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo
recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga;
mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não
podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois
por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus,
leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um,
trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares
a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.

Agora responda no caderno

6. Este parágrafo contém informações sobre Honório. Qual é a profissão dele?
7. Como está a situação financeira dele? Por quê?
8. O que Honório precisa fazer “amanhã”?
9. O que significa “a carteira trazia o bojo recheado”?
10. Neste parágrafo, foi utilizada a palavra “cousa”. O que significa isso?
11. Quem “endividou-se”?

Leia o trecho abaixo:
       — Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e
familiar da casa.
       — Agora vou, mentiu o Honório.
       A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos;
por desgraça perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças. Não
só recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em
todo caso, andavam mofinas nos jornais.

Agora responda no caderno:

12. Para quem Honório mentiu? Qual terá sido o motivo da mentira?
13. O último parágrafo desta parte revela a atuação profissional de Honório. Como está seu desempenho? Por quê?
14. No final do último parágrafo desta parte aparece o trecho “andavam mofinas nos jornais”. De acordo com os dicionários, “mofinas” pode significar “difamando”. Quem estava sendo difamado nos jornais e por que motivo?
15. Observe o trecho: “mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica”. Assinale a alternativa correta: o termo destacado (“ele”) refere-se a:
a) (     )Honório
b) (      )à causa que Honório perdeu
c) (       )Gustavo C...

Leia o trecho abaixo:
       D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios.
Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de
prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas
pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã,
que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer,
ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.

Agora responda no caderno:
16. Quem é D. Amélia?
17. Que habilidade tinha D. Amélia? E quem tinha admiração por essa habilidade dela? Justifique sua resposta.
18. De acordo com dicionários, “pilhéria” pode significar: algo que se diz com a intenção de causar humor, graça, ou, até mesmo, bobagem. Sabendo disso, quem dizia mais pilhérias e a quem? Justifique sua resposta.
19. Como era a relação dos dois homens retratados até aqui? Justifique.
20. Quem “fingia-se tão alegre”?
21. Observe o trecho: “Tinha-se lembrado de ir a um agiota”. Você sabe o que significa a palavra destacada? Se não souber, pesquise. Qual terá sido o motivo de ele ter pensado em “ir a um agiota”? O que ele teria pensado em pedir? E por que “voltou sem ousar pedir nada”?

22. Observe o trecho: “e convidavam-no a ir pagar a cocheira”. O que é “cocheira”?
Assinale a alternativa que contém a resposta correta.
a) Cocheira é um local cheio de vasilhas nas quais se colocam água para o gado.
b) Cocheira é um local onde se alojam cavalos e, neste caso, é sinônimo de estrebaria.
c) Cocheira é uma mulher que fabrica cochos (vasilhas nas quais sés colocam água para o gado)
23. Há algo mencionado que nos revela um aspecto religioso de Honório. O que é? Comente.
24. De quem era a carteira?
25. O que descobrimos no final do conto?

II - Estudos Linguísticos:

Leia:
1.    Carlos Heitor Cony, jornalista e escritor membro da Academia Brasileira de Letras, foi preso seis
vezes durante a ditadura militar. Como editorialista do jornal Correio da Manhã, produziu textos de
profundo teor crítico. Leia a seguir o fragmento de uma crônica escrita por ele com base em suas
lembranças após exatos cinquenta anos da ascensão do regime militar no Brasil.
       Vejo um general comandar alguns rapazes naquilo que mais tarde um repórter chamou
de “gloriosa barricada”. Os rapazes arrancam bancos e árvores impedem o cruzamento
da av. Atlântica com a rua Joaquim Nabuco. 
O general destina-se à missão mais importante: apanha dois paralelepípedos e concentra-se na façanha de colocar um em cima do
outro. Vendo-o em tarefa tão insignificante, pergunto-lhe para que aqueles paralelepípedos
tão sabiamente colocados um sobre o outro. “Isso é para impedir os tanques do 1o Exército!”
Nessa altura, há confusão na av. N. S. de Copacabana, pois ninguém sabe o que significa “aderir aos rebeldes”. A confusão é rápida. Não há rebeldes e todos, rebeldes ou não, aderem, que a natural tendência da humana espécie é aderir. Erguem o general em triunfo. Vejo o bravo general passar em glória sobre minha cabeça.
CONY, Carlos Heitor. 1o/4/1964 – Cena de rua. Folha de S. Paulo, 1o abr. 2014. Disponível em:
<www.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony>. Acesso em: jan. 2016.
Agora responda no caderno:
a) O período em destaque no fragmento é composto de quantas orações?
b) Cada uma dessas orações pode ser considerada sintaticamente completa? Justifique sua resposta.
c) Que termo introduz a segunda oração e qual é sua função sintática?
d) No contexto, qual é a importância do uso desse termo para a construção de sentido do período? Justifique sua resposta.
e) Esse termo poderia ser substituído por um sinal gráfico sem prejuízo do sentido do período. Qual seria ele? Reescreva o período, empregando esse sinal gráfico.

2.    Releia o período a seguir, retirado da crônica de Carlos Heitor Cony.
a)        Esse período é composto de três orações. Sublinhe-as no próprio fragmento.
b)        Observe os elementos que constituem cada uma das orações e a relação entre elas. Com base
nisso, responda: é possível afirmar que esse período é coordenativo? Justifique sua resposta.
c)        No fragmento, o período coordenativo é formado por uma oração assindética e por outra sindética. Identifique-as e explique por que cada uma delas é classificada como tal.
d)        Se a conjunção pois fosse retirada da segunda oração, sua classificação seria a mesma que a
apontada em c? Justifique sua resposta.
e)        Com a retirada da conjunção, o período poderia ser interpretado de outra maneira? Justifique
sua resposta.
3. Acrescente a estas orações uma coordenada sindética.
a) Durante o tempo que estiver fora, alimente-se bem,  
b) Tomei café da manhã
c) O trem ora atrasava,
d) Conseguiu terminar o trabalho,
e) Ele comprou uma casa




6.    Leia este texto.
Minhas férias
       (...) Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos embora”, porque nós ainda em tínhamos saído da garagem do edifício. Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e quando chegamos no local do camping já era noite, e o meu pai disse: “este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água”, e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a
cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado
o carro no quintal da casa dele, e a água que meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. (...)

VERISSIMO, Luis Fernando. Minhas férias. Em: O nariz e outras crônicas.São Paulo: Ática, 2002. p. 17. (Coleção Para Gostar de Ler.)
a) Pelo título da crônica e pela linguagem, quem deve ser o narrador?
b) Identifique e sublinhe a conjunção mais repetida no texto.
c) Que efeito essa repetição imprime ao texto?
d) A variedade usada está adequada à situação?

7.    Forme períodos compostos por coordenação com as conjunções e locuções conjuntivas do quadro. Faça as alterações necessárias.

contudo – todavia - nem - no entanto - não só... como - também


a)    Você tem razão. Não fique exaltado.
b)    As pessoas não se mexiam. As pessoas sequer falavam.
c)    As crianças na fila se conformaram com a espera. As crianças não deixaram de brincar.
d)    A esposa admirava o marido. Ela o amava de coração.
e)    Vestiu-se com as cores do time para o grande jogo. O time perdeu.

8.    Leia este trecho
       Mas o que é relevante registrar é que, apesar da baixa densidade demográfica, a Amazônia possui uma população – rural e urbana – adaptada e com estratégias de sobrevivência apropriadas às especificidades da região. Não é, portanto, um deserto vazio a ser povoado, nem um espaço onde as atividades possam ser implementadas sem levar em conta a experiência da população
lá residente. CASTRO, Márcio Henrique Monteiro de. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, n. 235, p. 59, mar. 20
a) Classifique as conjunções destacadas e justifique seu emprego.
b) Transcreva do trecho uma oração sindética aditiva

9.    Leia os períodos a seguir e assinale C para os que apresentam oração coordenada conclusiva e E
para os que apresentam oração coordenada explicativa.
(    ) Ela é uma excelente advogada; merece, pois, nossa confiança.
(    ) Ela deve ter morado na Inglaterra, pois fala inglês fluentemente.
(    ) Seu pai tem mais experiência; respeite, pois, suas opiniões.

10.  Associe as orações destacadas à ideia que representam.
( 1 ) Explicação
( 2 ) Conclusão
( 3 ) Oposição
(     ) Ande logo, que estamos atrasados.
(   ) Meu pai nunca leu poesia, mas acabou de escrever alguns poemas lindos para minha mãe.
(    
 ) Joana é corajosa, porque foi viajar sozinha.
(     ) Você mente muito, portanto, ninguém acreditará em você.
(   ) Meu chefe é uma pessoa razoável; diálogo é, portanto, a melhor maneira de resolver nossas
diferenças.


Importante: Para entender os conceitos de Oração coordenada Assindética e sindética, os  as conjunções, assista a aula gravada no dia 08.05.2020, pelo site: https://www.pebsp.com/assista-as-aulas-gravadas-do-cmsp-gratuitamente/




BOM ESTUDO!!!
lilibordinhao@gmail.com





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