Atividades para o
período de aulas não presenciais
Orientações:
Atividades para o 4° bimestre.
Olá estudantes!
Espero encontrá-los
bem!
Quem ainda não fez a
devolutiva das atividades referente aos 1°, 2°, e 3° bimestres peço que assim o
faça.
A entrega ou devolutiva das
atividades deverá ser feita através do e-mail:
celmaabreu@prof.educacao.sp.gov.br
O Aprender Sempre Volume 03 é o material produzido para
apoiar a recuperação e o aprofundamento de língua portuguesa.
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/sites/7/download/Aprender%20Sempre%20-%20Li%CC%81ngua%20Portuguesa/Anos%20Finais%20Vol3/ES_EF_AFinais_LP_8ano_AprenderSempreRecApr.pdf
Apresentação da aula
Ø Alinhada
com as aulas transmitidas pelo centro de mídias
Aula 4 – É momento de fruir
https://www.youtube.com/watch?v=U64E-zsG2FA
Objetivo da aula
• Ler poemas, de autores diferentes,
identificando a composição narrativa ou não;
• Analisar o texto poético como obra de arte,
do todo para as partes.
Tema da aula: Poemão
– Poema – Poeminha
Atividade
1) Escreva, no caderno, o
título dos poemas, autor e assunto de cada poema. Inicie nova leitura. Repita o
processo até que você tenha lido os três textos.
Leia os textos, silenciosamente
ou em voz alta tendo como fundo musical uma música instrumental
Texto 4
OS TIMBIRAS
Gonçalves Dias
Introdução
__________________________
Os ritos semibárbaros dos Piagas,
Cultores de Tupã, a terra virgem
Donde como dum trono, enfim se abriram
Da cruz de Cristo os piedosos braços;
As festas, e batalhas mal sangradas
Do povo Americano, agora extinto,
Hei de cantar na lira.– Evoco a sombra
Do selvagem guerreiro!...Torvo o aspecto,
Severo e quase mudo, a lentos passos,
Caminha incerto, – o bipartido arco
Nas mãos sustenta, e dos despidos ombros
Pende-lhe a rôta aljava... as entornadas,
Agora inúteis setas, vão mostrando
A marcha triste e os passos mal seguros
De quem, na terra de seus pais, embalde
Procura asilo, e foge o humano trato.
Quem poderá, guerreiro, nos seus cantos
A voz dos piagas teus um só momento
Repetir; essa voz que nas montanhas
Valente retumbava, e dentro d’alma
Vos ia derramando arrojo e brios,
Melhor que taças de cauim fortíssimo?!
6 DIAS, G. Os Timbiras. In: Poesia completa e prosa
escolhida. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da
Universidade de São Paulo. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000117. pdf. Acesso em: 07
jun. 2020.
Agora, responda em seu
caderno:
1) Você considerou fácil a
leitura deste poema? Comente.
2) Qual é o enredo da
narrativa que é contada nesse poema?
3) Crie um vocabulário com as
palavras que lhe causa estranhamento.
Texto 5
O NAVIO NEGREIRO
Castro Alves
________________________________
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvesse roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ...Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
7 ALVES, C. O Navio Negreiro. Biblioteca Virtual do
Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. Disponível
em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000068.pdf>.
Acesso em: 07 jun. 2020. 8
Agora, responda no caderno:
1) Pelo título, já notamos
qual é o enredo da narrativa desse poema. Você acha que a forma como você leu
influenciou no seu entendimento?
2) Quais são os personagens deste
poema?
3) Crie um vocabulário/glossário
com as palavras que lhe causa estranhamento.
2) Qual é o espaço/lugar em que
essa narrativa (poema) foi construída?
Texto 6
A Seca do Ceará
Leandro Gomes de Barros
____________________________
Seca as terras as folhas caem,
Morre o gado sai o povo,
O vento varre a campina,
Rebenta a seca de novo;
Cinco, seis mil emigrantes
Flagelados retirantes
Vagam mendigando o pão,
Acabam-se os animais
Ficando limpo os currais
Onde houve a criação.
Não se vê uma folha verde
Em todo aquele sertão
Não há um ente d’aqueles
Que mostre satisfação
Os touros que nas fazendas
Entravam em lutas tremendas,
Hoje nem vão mais o campo
É um sítio de amarguras
Nem mais nas noites escuras
Lampeja um só pirilampo.
Aqueles bandos de rolas
Que arrulavam saudosas
Gemem hoje coitadinhas
Mal satisfeitas, queixosas,
Aqueles lindos tetéus
Com penas da cor dos céus.
Onde algum hoje estiver,
Está triste mudo e sombrio
Não passeia mais no rio,
Não solta um canto sequer.
[...]
BARROS, L. G.de. A Seca do Ceará. Jornal de Poesia.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/ texto/jp000013.pdf .
Acesso em: 07 jun. 2020.
Agora, responda em seu
caderno:
1) Qual é o espaço/lugar em que
essa narrativa (poema) foi construída?
2) Você consegue dizer qual é
o foco narrativo desse último texto? Ou seja, quem é que está falando sobre a
seca?
3) Crie um
vocabulário/glossário com as palavras que lhe causa estranhamento.
Obs.: Paramos na página 17 (aula
4) da apostila Aprender Sempre volume 3. Logo mais daremos continuidade....
Hora da pesquisa
1) Faça uma pesquisa com
informações relevantes sobre a biografia de Gonçalves Dias.
2) Faça uma pesquisa com informações
relevantes sobre a biografia do poeta Castro Alves.
3) O que é foco narrativo?
Bons estudos!
Cuidem-se!