4º BIMESTRE
OLÁ ALUNOS, NA ULTIMA AULA
ESTUDAMOS O PERÍODO HISTÓRICO BRASILEIRO DE 1945 A 1964, NESTE PERÍODO O BRASIL VIVEU UMA
EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA, MARCADA PELO POPULISMO. NO ENTANTO, ESTUDAMOS TAMBÉM QUE
NO FINAL DESTE PERÍODO HOUVE UM GOLPE DE ESTADO QUE DEU ORIGEM AO REGIME
MILITAR NO BRASIL (1964-1985).
DURANTE A DITADURA MILITAR AS LIBERDADES INDIVIDUAIS FORAM
BANIDAS E OS ADVERSÁRIOS POLITCOS DO REGIME FORAM DURAMENTE PERSEGUIDOS. PARA
ENTENDERMOS UM POUCO O QUE FOI ESTE PERÍODO IREMOS LER UM TEXTO QUE RELATA A
HISTÓRIA DE UM JORNALISTA QUE FOI MORTO DURANTE A DITADURA MILITAR E QUE SE
TORNOU UM SÍMBOLO DA LUTA CONTRA ESTE REGIME.
APÓS A LEITURA DO TEXTO RESPONDA AS QUESTÕES E ENVIE AS RESPOSTAS PARA MEU E-MAIL: reginalino@professor.educacao.sp.gov.br
TEXTO: “45 ANOS SEM HERZOG: A MORTE QUE ESCANCAROU AS MENTIRAS DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA”
Defensor da liberdade em tempos de censura, Vlado foi perseguido, torturado e morto nos porões do DOI-Codi de São Paulo. No entanto, a morte do jornalista teve papel fundamental pela luta contra um regime autoritário e truculento.
A
morte de Herzog e as controvérsias
Na
manhã do sábado, 25 de outubro de 1975, há 45 anos, a ditadura militar fazia
mais um prisioneiro. Procurado na noite anterior, Herzog, diretor de
jornalismo da TV Cultura, conseguira adiar para o dia seguinte sua apresentação
o DOI-Codi de São Paulo. Ele compareceu às 8 da manhã.
No
meio da tarde já estava morto, vítima de tortura que os agentes do DOI tentaram
acobertar com a usual farsa do suicídio — era o 38º suicida produzido
pelos porões da ditadura. Fotos mostrando o cadáver de Herzog enforcado com um cinto preso a uma grade a 1,63
metro do chão mostradas aos demais presos.
De
acordo com o Laudo de Encontro de Cadáver expedido pela Polícia Técnica de São
Paulo, Vlado havia se enforcado com a cinta que era usada em seu
macacão. Entretanto, o que contraria essa afirmação é o simples fato de que os
prisioneiros do DOI-Codi não dispunham de cintos e, tampouco, sapatos
com cordões, o que faria ser impossível ele ter se suicidado. Além do mais, no
laudo foi anexado fotos que mostram os joelhos de Herzog dobrados com seus pés
tocando o chão, o que torna o enforcamento impossível nessas
condições.
Outro
ponto fundamental revelado anos depois, foi que seu pescoço tinha a existência
de duas marcas, que são típicas em casos de estrangulamento. Mais uma vez
derrubando a falácia dos militares.
Com todas essas evidências, a família de Herzog recebeu, em 2013, um novo atestado de óbito, no qual o motivo de óbito foi trocado “asfixia mecânica por enforcamento” para “lesões e maus tratos”.
Motivos
pela perseguição e a caçada contra opositores
Além
das pretensas provas de suicídio, a tese da infiltração comunista nas
instituições era alardeada até no cárcere.
"Os
agentes nos diziam que no comando do Partido Comunista, acima dos tais
dirigentes que já estavam presos, viriam pessoas insuspeitas, como um cardeal,
um governador e um general", afirma o jornalista Paulo Markun, colega
de Herzog na TV Cultura e também detido naquela época. "Era uma
referência clara a dom Paulo Evaristo Arns, ao governador de São
Paulo, Paulo Egydio Martins, e ao general Golbery."
Clarice, mulher de Herzog, conta que ele passara a frequentar as reuniões de discussão do PCB havia dois anos, por não ver outra forma de contestar a ditadura."Ele identificava duas forças organizadas: a Igreja Católica e o Partido Comunista. Como era judeu, não teve outra opção."
(CONTINUA NA PRÓXIMA ATIVIDADE)
Ricardo Muniz e Júlia Ferraz publicado em 26/10/2020
QUESTÕES
1.
Pesquise e explique resumidamente o que foi o período da Ditadura Militar no
Brasil.
2.
Pesquise e explique o que foi o DOI-Codi
3.
Quem era Vladimir Herzog?
4.
Segundo os militares, qual foi a causa da morte de Vladimir Herzog? Esta versão
corresponde a verdade? Explique.
5.
Pesquise e explique o que foi o AI-5.
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