segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Sociologia professor Jose Carlos 2anos EM

 

Professor Jose Carlos- caldasjc02@gmail.com

2 ano EM

Atividade de Sociologia

Relação de trabalho e alienação

Leitura e Análise de Texto

A produção capitalista pressupõe, como já vimos, a existência do trabalho livre, e não a servidão e a escravidão. O trabalhador é livre, isto é, não dispõe dos meios de trabalho e de vida, portanto é livre para vender a única propriedade de que dispõe, a sua força de
trabalho. O trabalhador, por conseguinte, submete-se ao domínio do capital, aceitando suas imposições e determinações. É o capital que assume a função de dirigir, de supervisionar. Esse domínio do capital sobre o processo de trabalho se impõe, na medida em que o objetivo, o motivo que impele e direciona todo o processo de produção capitalista, é a expansão do próprio capital, a maior produção de mais-valia', e, portanto, a maior exploração possível da força de trabalho.

A dominação do capital sobre o trabalho tem o objetivo de garantir a exploração do processo de trabalho social. Com isso, a dominação tem como condição o antagonismo inevitável entre o capitalista e o trabalhador.

Para os trabalhadores, entretanto, a cooperação imposta pela divisão do trabalho não significa a percepção de sua força como grupo.

A relação que estabelecem é com o capital, e não entre si. O trabalhador torna-se incapaz de perceber que a riqueza que ele desenvolve é produto de seu trabalho, como também não consegue se reconhecer no produto de seu trabalho. A consequência da divisão  do trabalho é a separação, no processo de trabalho, entre concepção e execução do trabalho. A decisão sobre o que produzir e como produzir não é mais responsabilidade do trabalhador, mas, sim, do capital ou seus representantes. Além disso, o produto, a mercadoria,  não resulta de seu trabalho individual, e sim do trabalho de todos. Ele realiza apenas uma parte dela e, assim, o produto do trabalho,
 a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio, estranho a ele. A relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é,  portanto, de alheamento, de estranhamento. O trabalhador, que colocou a sua vida no objeto, agora se defronta com ele, como se a coisa, a mercadoria, tivesse vida própria, independente, e fosse dotada de um poder diante dele. De fato, assim como o trabalho
já não lhe pertence, mas a um outro homem (o proprietário dos meios de produção), o produto de seu trabalho igualmente não lhe pertence. Esse processo é o que Marx chama de relação alienada do homem com outro homem, com o produto de seu trabalho e com
 o trabalho. Para Marx, então, o trabalho livre, assalariado, é trabalho alienado.

O comprador da força de trabalho ou da capacidade de trabalho não se limita a usá-Ia somente durante o tempo necessário para repor o valor da força de trabalho, mas, sim, durante um tempo além dele, quando o trabalhador produzirá, então, um valor excedente, ou uma mais-valia, da qual o capitalista se apropria.

 

Atividades

1-Qual o objetivo da dominação do capital sobre o trabalho?

2- O que Marx entende por trabalho alienado?

3-Pesquise e responda com suas palavras o que é mais-valia?

4-O que o texto quer dizer quando menciona : “ ... a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio, estranho a ele.”

 

 

 

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