Professor Jose Carlos-
caldasjc02@gmail.com
2 ano EM
Atividade de Sociologia
Relação de trabalho e alienação
Leitura e Análise de Texto
A produção capitalista pressupõe, como
já vimos, a existência do trabalho livre, e não a servidão e a escravidão. O
trabalhador é livre, isto é, não dispõe dos meios de trabalho e de vida, portanto
é livre para vender a única propriedade de que dispõe, a sua força de
trabalho. O trabalhador, por conseguinte, submete-se ao domínio do capital,
aceitando suas imposições e determinações. É o capital que assume a função de
dirigir, de supervisionar. Esse domínio do capital sobre o processo de trabalho
se impõe, na medida em que o objetivo, o motivo que impele e direciona todo o
processo de produção capitalista, é a expansão do próprio capital, a maior produção
de mais-valia', e, portanto, a maior exploração possível da força de trabalho.
A dominação do capital sobre o trabalho
tem o objetivo de garantir a exploração do processo de trabalho social. Com
isso, a dominação tem como condição o antagonismo inevitável entre o
capitalista e o trabalhador.
Para os trabalhadores, entretanto, a
cooperação imposta pela divisão do trabalho não significa a percepção de sua
força como grupo.
A relação que estabelecem é com o
capital, e não entre si. O trabalhador torna-se incapaz de perceber que a
riqueza que ele desenvolve é produto de seu trabalho, como também não consegue
se reconhecer no produto de seu trabalho. A consequência da divisão do
trabalho é a separação, no processo de trabalho, entre concepção e execução do
trabalho. A decisão sobre o que produzir e como produzir não é mais responsabilidade
do trabalhador, mas, sim, do capital ou seus representantes. Além disso, o
produto, a mercadoria, não resulta de seu trabalho individual, e sim do
trabalho de todos. Ele realiza apenas uma parte dela e, assim, o produto do
trabalho,
a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio, estranho a ele. A
relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é, portanto, de
alheamento, de estranhamento. O trabalhador, que colocou a sua vida no objeto,
agora se defronta com ele, como se a coisa, a mercadoria, tivesse vida própria,
independente, e fosse dotada de um poder diante dele. De fato, assim como o
trabalho
já não lhe pertence, mas a um outro homem (o proprietário dos meios de
produção), o produto de seu trabalho igualmente não lhe pertence. Esse processo
é o que Marx chama de relação alienada do homem com outro homem, com o produto
de seu trabalho e com
o trabalho. Para Marx, então, o trabalho livre, assalariado, é trabalho
alienado.
O comprador da força de trabalho ou da
capacidade de trabalho não se limita a usá-Ia somente durante o tempo
necessário para repor o valor da força de trabalho, mas, sim, durante um tempo
além dele, quando o trabalhador produzirá, então, um valor excedente, ou uma mais-valia,
da qual o capitalista se apropria.
Atividades
1-Qual o objetivo da dominação do
capital sobre o trabalho?
2- O que Marx entende por trabalho
alienado?
3-Pesquise e responda com suas palavras
o que é mais-valia?
4-O que o texto quer dizer quando
menciona : “ ... a mercadoria, aparece ao trabalhador
como algo alheio, estranho a ele.”
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