LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
DATA
DA AULA: 18/08/2020
TEMA
DA AULA: “Poemas que
grudam”
ETAPA
DE ENSINO: 2º ano
Médio
Habilidades do
Currículo do Estado de São Paulo:
Ø Relacionar a construção da
subjetividade à expressão literária em textos do século XIX.
Objetivos de
conhecimento:
Ø Ler e analisar textos do estilo
literário Simbolismo e relacioná-los
I – O que faremos
hoje?
Ø Ler poemas simbolistas e aprender
sobre as principais características desse movimento literário;
Ø Relacionar os poemas simbolistas às
questões do cotidiano contemporâneo;
Ø Conhecer um pouco da obra do poeta
simbolista Cruz e Sousa.
II – Responda
Ø Você sabe o que é uma música- chiclete?
@Pixabay
Ø
O que você faz quando uma
música de que você não gosta fica martelando na sua cabeça?
@ Pixabay
III – “(A) ermida”,
Cruz e Sousa
@ Pixabay
Lá onde a
calma e a placidez existe,
Sobre as colinas que o vergel encobre,
Aquela ermida como está tão pobre,
Aquela ermida como está tão triste.
A minha musa, sem falar, assiste,
Do meio-dia ante o aspecto nobre,
O vago, estranho e murmurante dobre
Daquela ermida que aos trovões resiste
E as gargalhadas funéreas, sombrias,
Dos crus invernos e das ventanias,
Do temporal desolador e forte.
Daquela triste esbranquiçada ermida,
Que me recorda, me parece a vida
Jogada às magoas e ilusões da sorte.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=51
“Amor”, Cruz e Sousa
Nas largas
mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante...
Um lago de luar nervoso e palpitante...
Um sol dentro de tudo altivamente imerso.
Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
à fresca exalação salúbrica das flores...
E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor — na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.
Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!...
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=51
Responda
Ø
Você conseguiu sentir o
ritmo dos poemas durante a leitura?
@
Pixabay
Ø Em sua opinião, há possibilidade de poemas, como os lidos, grudarem
na mente como as músicas-chiclete?
@Pixabay
IV – Análise do
poema “(A) ermida”, de Cruz e Sousa
@ Pixabay
Lá onde a
calma e a placidez existe,
Sobre as colinas que o vergel encobre,
Aquela ermida como está tão pobre,
Aquela ermida como está tão triste.
A minha musa, sem falar, assiste,
Do meio-dia ante o aspecto nobre,
O vago, estranho e murmurante dobre
Daquela ermida que aos trovões
resiste
E as gargalhadas funéreas, sombrias,
Dos crus invernos e das ventanias,
Do temporal desolador e forte.
Daquela triste esbranquiçada ermida,
Que me recorda, me parece a vida
Jogada às magoas e ilusões da sorte.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=51
Responda
Ø Qual o tema central deste poema?
“Amor”, de Cruz e Sousa
“[...]
Não há para o amor
ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
à fresca exalação salúbrica das flores
[...]”
“[...]
E somos uns completos, célebres
artistas
Na obra racional do amor — na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.
[..]”
“[...]
Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!...
[...]”
Responda
Ø Você concorda com a visão de amor expressa pelo eu-lirico?
João
da Cruz Sousa (1861-1898)
Obras
- Broquéis (1893, poesia)
- Missal (1893, poemas em prosa)
- Tropos e Fantasias (1885, poemas em prosa, junto a Virgílio
Várzea)
Obra póstuma
- Últimos Sonetos (1905)
- Evocações (1898, poemas em prosa)
- Faróis (1900, poesia)
- Outras evocações (1961, poema em prosa)
- O livro Derradeiro (1961, poesia)
- Dispersos (1961, poemas em prosa)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_e_Sousa
Outras características do Simbolismo:
Ø Sinestesia: construção de versos que
descrevem sons, aromas e cores, pois os cinco sentidos são instrumentos de
captação dos símbolos ao redor;
Ø Temática voltado para o subconsciente
e ao êxtase do espírito;
Ø Vocabulário voltado para os aspectos
etéreos do mundo, palavras de uso
incomum no cotidiano;
Ø Presença da religiosidade, não somente
cristã com também oriental, compondo a busca simbolista da transcendência;
Ø Descrições crepusculares, presença
simultânea de luz e sombra
Ø Imagens sombrias, lúgrubes, decadentes
Ø Aliterações.
V - Trecho do poema:
“Violões que choram””, de Cruz e Sousa.
“[...]
Vozes veladas, veludosas
vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
[...]”
Bons estudos .
lilibordinhao@gmail.com
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