terça-feira, 8 de setembro de 2020

Prof. Liria Bordinhao - Lingua Portuguesa e Literatura - 2 A - de 08 a 11 de setembro

 

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

DATA DA AULA: 18/08/2020

TEMA DA AULA: “Poemas que grudam”

ETAPA DE ENSINO: 2º ano Médio

 

Habilidades do Currículo do Estado de São Paulo:

Ø  Relacionar a construção da subjetividade à expressão literária em textos do século XIX.

 

Objetivos de conhecimento:

Ø  Ler e analisar textos do estilo literário Simbolismo e relacioná-los

 

I – O que faremos hoje?

Ø  Ler poemas simbolistas e aprender sobre as principais características desse movimento literário;

Ø  Relacionar os poemas simbolistas às questões do cotidiano contemporâneo;

Ø  Conhecer um pouco da obra do poeta simbolista Cruz e Sousa.

 

II – Responda

Ø  Você sabe o que é uma música- chiclete?

@Pixabay

Ø  O que você faz quando uma música de que você não gosta fica martelando na sua cabeça?

@ Pixabay

III – “(A) ermida”, Cruz e Sousa

@ Pixabay


Lá onde a calma e a placidez existe,
Sobre as colinas que o vergel encobre,
Aquela ermida como está tão pobre,
Aquela ermida como está tão triste.

A minha musa, sem falar, assiste,
Do meio-dia ante o aspecto nobre,
O vago, estranho e murmurante dobre
Daquela ermida que aos trovões resiste

E as gargalhadas funéreas, sombrias,
Dos crus invernos e das ventanias,
Do temporal desolador e forte.

Daquela triste esbranquiçada ermida,
Que me recorda, me parece a vida
Jogada às magoas e ilusões da sorte.



Nas largas mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante...
Um lago de luar nervoso e palpitante...
Um sol dentro de tudo altivamente imerso.

Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
à fresca exalação salúbrica das flores...

E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor — na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.

Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!...


http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=51

 

Responda

Ø  Você conseguiu sentir o ritmo dos poemas durante a leitura?

@ Pixabay

Ø  Em sua opinião, há possibilidade de poemas, como os lidos, grudarem na mente como as músicas-chiclete?

@Pixabay

 

 

 

 

IV – Análise do poema  “(A) ermida”, de Cruz e Sousa

@ Pixabay


Lá onde a calma e a placidez existe,
Sobre as colinas que o vergel encobre,
Aquela ermida como está tão pobre,
Aquela ermida como está tão triste.

A minha musa, sem falar, assiste,
Do meio-dia ante o aspecto nobre,
O vago, estranho e murmurante dobre
Daquela ermida que aos trovões resiste

E as gargalhadas funéreas, sombrias,
Dos crus invernos e das ventanias,
Do temporal desolador e forte.

Daquela triste esbranquiçada ermida,
Que me recorda, me parece a vida
Jogada às magoas e ilusões da sorte.


http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=51

Responda

Ø  Qual o tema central deste poema?

 

“Amor”, de Cruz e Sousa


 

“[...]

Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
à fresca exalação salúbrica das flores

[...]”

 

 

 

 

 

 

 

“[...]

 

E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor — na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.

[..]”

 

“[...]
Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!...

[...]”


 

Responda

Ø  Você concorda com a visão de amor expressa pelo eu-lirico?

 

João da Cruz  Sousa (1861-1898)

 

Obras

 

Obra póstuma

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_e_Sousa

Outras características do Simbolismo:

Ø  Sinestesia: construção de versos que descrevem sons, aromas e cores, pois os cinco sentidos são instrumentos de captação dos símbolos ao redor;

Ø  Temática voltado para o subconsciente e ao êxtase do espírito;

Ø  Vocabulário voltado para os aspectos etéreos do mundo,  palavras de uso incomum no cotidiano;

Ø  Presença da religiosidade, não somente cristã com também oriental, compondo a busca simbolista da transcendência;

Ø  Descrições crepusculares, presença simultânea de luz e  sombra

Ø  Imagens sombrias, lúgrubes, decadentes

Ø  Aliterações.

 

V - Trecho do poema: “Violões que choram””, de Cruz e Sousa.

 


“[...]

 

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.

 

[...]”



 

 

 

 

 

 

 

 


Bons estudos .

lilibordinhao@gmail.com

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