Texto de geografia para responder as questões do trabalho interdisciplinar, em conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa.
Um
pouco de Geografia...
Os estudos geográficos, por meio da literatura nos possibilitam entendermos o passado a fim de que possamos compreender o presente e, por conseguinte, o futuro
A vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca Nacional - com o maior acervo da América Latina - e o Jardim Botânico.
O primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em circulação nesse período. Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu fora da Europa. Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para Brasília. Atualmente é a segunda maior cidade do país, depois de São Paulo. Entre 1808 e 1815, foi capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época. Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil à parte integrante do reino unido supracitado
Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.
Como centro político do país, o "Rio" concentrava a vida político-partidária do Império. Foi palco principal dos movimentos abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante a República Velha (1889-1930), com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado do Rio de Janeiro perdeu força política para São Paulo e Minas Gerais.
Com a Proclamação da República, nas últimas décadas do século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro enfrentava graves problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado. Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.
Machado de Assis, carioca da gema, ou melhor, Joaquim Maria Machado de Assis, filho de um afro-descendente com uma portuguesa, viveu no Rio de Janeiro de 1839 a 1908. Teve a sua vivência no Rio de Janeiro e de forma espetacular. Assim como João do Rio4, Machado viveu a cidade em todas as suas nuances e circulando de um lado a outro. Nascido livre, no Livramento, livremente lia, escrevia, analisava, criticava, observava tudo que se passava ao seu redor e com todas as amizades que fez pode entender muito do que acontecia em termos políticos e econômicos na cidade, e assim participava do seu jeito: escrevendo.
A geografia contida nos textos machadianos nos mostra, por assim dizer, uma cidade (Rio de Janeiro) num contexto importante na política, na economia, em suma, na cultura do Brasil em transição; do fim do período imperial. Além disso, é notável lembrarmos que a maioria das tramas dos textos machadianos se passa no âmbito urbano, ou seja, apresentam-se como um diagnóstico ou, podemos considerar um itinerário de geografia urbana. Há pouca descrição do meio rural. A bem dizer, quase toda a obra machadiana se passa no ambiente urbano: característica sua, homem citadino, um burguês carioca. Não obstante, esta geografia demonstra um envolvimento fenomenológico (ontológico) entre os personagens, o autor-escritor e a realidade empírica da cidade do Rio de Janeiro do século XIX.
Através das palavras machadianas é permitido afirmar sua sensibilidade para com a cidade que concentrava quase toda a riqueza do império, ou como queiram do território (pois o Rio de Janeiro à época era a capital do império). – A natureza está em toda parte.
Neste sentido, os textos machadianos nos demonstram sensivelmente que “a geografia está em toda parte”, conforme ilustra suas impressões.
Com isto pode-se dizer que Machado viu a geografia da
própria vida ser modificada/alterada; já que nascera no Morro do Livramento e
morrera no Cosme Velho, região central; não obstante, Machado de Assis
viveu a ‘Belle
Époque’
carioca
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