LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
DATA DA AULA: 29/10/2020
TEMA DA AULA: Personificação
– Aprender Sempre v. 3 Aula 6
ETAPA DE ENSINO: Primeiro ano
Habilidades do
Currículo do Estado de São Paulo:
Ø Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção
do texto literário.
Objetivos de
conhecimento:
Ø
Reconhecer
a personificação enquanto recurso estilístico.
I – Estratégia
Ø Explicar sobre Personificação
Ø Leitura e analise de
poema
Ø Texto literário
Ø Atividades da apostila – Aprender Sempre v. 3
aulas 5 e 6
II – Personificação
A personificação,
também chamada de prosopopeia ou animismo, é uma figura de linguagem, mais precisamente,
uma figura de pensamento muito utilizada nos textos
literários.
Ela está
diretamente relacionada com o significado (campo semântico) das palavras e
corresponde ao efeito de “personificar”, ou seja, dar vida aos seres
inanimados.
A
personificação é utilizada para atribuir sensações, sentimentos,
comportamentos, características e/ou qualidades essencialmente humanas (seres
animados) aos objetos inanimados ou seres irracionais, por exemplo:
O
dia acordou feliz.
Segundo o
exemplo, a característica de “acordar feliz” é uma característica humana, que,
nesse caso, está atribuída ao dia (substantivo inanimado).
Note que
a personificação pode também atribuir qualidades de seres animados a outros
seres animados, por exemplo:
O
cachorro sorriu para o dono.
Exemplos de Personificação
1.
O dia acordou feliz e o sol sorria para mim.
2.
O vento assobiava esta manhã em que o céu chorava.
3.
Naquela
noite, a lua beijava o céu.
4.
Após a
erupção do vulcão, o fogo dançava por
entre as casas.
Nos
exemplos acima, nota-se a utilização da personificação, na medida em que
características de seres animados (que possuem alma, vida) são atribuídas aos
seres inanimados (sem vida).
Note que
os verbos ligados os substantivos inanimados (dia, sol, vento, fogo e lua) são
características dos seres humanos: acordar, sorrir, assobiar, chorar e beijar.
.
III – Leia o Poema Meus Oito Anos . No poema há uma personificação.
Explique-a.
Meus oito anos
Casimiro de Abreu
Oh!
que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que
flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
De despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d´estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
[…]
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Enciclopédia
Itaú Cultural – Literatura Brasileira.
IV – Leia a fabula- Os viajantes e o urso.
Explique a personificação existente.
Fábula de Esopo
Dois amigos
viajavam juntos pelo mesmo caminho, quando um urso apareceu-lhes de repente.
O homem que ia na
frente subiu numa árvore e lá se escondeu, e o outro, estando para ser
apanhado, caiu ao chão e fingiu-se de morto.
Quando o urso
aproximou dele o focinho e o revirou de todos os lados, ele reteve a
respiração, pois dizem que o urso não toca em animal morto.
Depois que o urso
se afastou, o homem que estava na árvore desceu e perguntou o que o urso lhe
havia dito ao ouvido.
E o outro disse:
-- “Ele me
aconselhou a não mais viajar daqui para frente com aqueles amigos que não ficam
por perto na hora do perigo”.
Moral da história: As
desgraças põem à prova os verdadeiros amigos.
ESOPO.
Fábulas completas. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 143
Você já assistiu algum filme da PIXAR? Qual? Você
percebeu personificação ? Explique.
Atenção-
Estamos no quarto bimestre. Realizem as atividades e retirem o Caderno do Aluno
v. 4 na escola.
Bons estudos – lilibordinhao@gmail.com
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