segunda-feira, 3 de agosto de 2020

         Língua Portuguesa 6 anos A/B - Professora Silmara

Bom dia como vocês estão?????? Bem vamos as instruções.

Essa semana iremos trabalhar um gênero textual  que é o Apólogo.

1-Não precisa copiar os textos somente ler assistir ao vídeo .
2- Nessa atividade vocês irão  Ler e compreender o que é Apólogo. 
3- Ouvir o áudio que se refere ao mesmo texto. E após escutar irão ler o texto em voz alta, não esquecendo da entonação( jeito de falar).
4-  Após essas duas etapas vocês deverão perceber qual a diferença de ler e escutar. Por que as vezes o áudio não substitui a leitura por que essa permite que vocês imaginem os personagens suas características, espaços etc.....
5- E no final deverão responder as atividades, lembrando que não é para copiar o texto e nem a perguntas.
6- Deve ser feito assim Título da atividade no data, no caso aqui Apólogo / execício 1 resposta e assim por diante.
7-Preciso por favor que vocês caprichem na letra porque elas não estão melhorando, e fica dificíl de não conseguir entender, façam o título de caneta vermelha, números de canetas diferentes, respostas de caneta preta ou azul corretivo somente em último caso. Preciso que vocês me ajudem e façam um caderno bonito para vocês e para quem vai ler.
8- E é essencial que vocês leiam uma ou mais vezes antes de tirarem as dúvidas, E se assim essa permanecer pode me chamar.  (957087094) que direciono para o grupo do whatsapp. Bjs Bora lá

Atividade I
Pois bem o que é um Apólogo? Como pedi para vocês na semana passada para pesquisarem portanto acredito que alguns não conseguiram portanto vamos a uma breve explicação

Apólogo é um gênero alegóricoA alegoria é um recurso literário que se baseia no significado oculto das palavras. ... ) em que os personagens são animais, plantas, objetos ou até partes do corpo humano, trazendo um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais.
Por meio da utilização de exemplos, o apólogo tem o objetivo de refletir sobre os conceitos humanos,visando modificá-los rumo a uma mudança paradigmática  desde ordem moral e/ou social.
A origem do apólogo, embora situada no oriente, está presente na literatura de todos os povos. Em termos semânticos, o termo advém do grego apólogos, que significa “narrativa detalhada”.
Trata-se de um gênero bastante semelhante à fábula, embora, à diferença da última, se concentre em situações reais. Em relação à parábola, a diferença reside no fato de o apólogo tratar de todos os tipos de lição e não apenas questões as religiosas e morais, como no caso da primeira
Os apólogos são geralmente escritos em prosa, com enredos de considerável força imaginativa, buscando a evolução moral do leitor, por meio do auto-sacrifício, renúncia e abdicação de algo ou alguém por uma causa maior. Daí o caráter moral predominante.
Na Literatura Brasileira, os principais autores que se dedicaram ao gênero são vários mas vamos focar em :
O conto de Machado, provavelmente o mais célebre apólogo da história da literatura brasileira, narra a história de orgulho, ciúmes e vaidade que levam uma agulha e uma linha a uma polêmica acalorada em que ambas procuram provar sua superioridade em relação à outra. No fim, na ausência de acordo entre as partes, o autor termina com uma lição de moral pesarosa: “Contei esta história a um professor de melancolia, que então me disse, abanando a cabeça: Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”.
A mensagem contida no conto revela como os sentimentos negativos podem minar uma relação que, a princípio, seria bastante produtiva. A agulha é o complemento natural da linha, de modo que uma precisa da outra para desempenhar sua função a contento. A partir do momento em que uma tenta se sobrepor à outra em termos de importância, quebra-se essa relação e todos saem perdendo.
Por meio de tais narrativas, ensinam-se, sobretudo, lições didáticas de convivência. 

 Atividade I

Leia o conto a seguir, do escritor Machado de Assis:

Um Apólogo

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste
mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim,
e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o
meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo,ligo, ajudo....
Estavam nisto quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha da linha, enfiou  linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pleo adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. e dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando baixo e acima.....
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas, A agulha, vendo que ela não lhe dava respostas, calou-se também, e foi andando, E era tudo silêncio na saleta da costura e não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura pra o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho,para dar algum ponto necessário, E enquanto compunha o vestido d bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para morfar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho pra ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém, Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

(ASSIS, Machado. Várias histórias. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Disponível em:: <http://machado.mec.gov.br/obra-completa-
lista/itemlist/category/24-conto>. Acesso em: 09 jun. 2020).
Atividade II 
Assista htps://youtu.be/8qjvG7ZrZQI (A agulha e a linha).

1. Assinale a alternativa correta após a leitura global do texto:
a. O “plic-plic-plic-plic” é o som da agulha dentro da caixinha.
b. A costureira, para fazer o vestido, gastou quatro semanas.
c. No dia do baile, a agulha, espetada no vestido, vai ao baile.
d. Quem começa toda a discussão e a provocação é a agulha.

2. Este conto, do escritor brasileiro Machado de Assis, é um apólogo: uma narrativa que geralmente lida com questões morais e os personagens da história são seres inanimados, ou seja, objetivos que possuem características humanas, como dialogar, por exemplo. Assinale a alternativa extraída do conto se verifica um objeto a conversar com questões morais e os personagens da história são seres inanimados, ou seja,objetos que possuem características humanas, como dialogar,por exemplo.

a. “Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça”.
b. “Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.¨
c. “— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”

d. “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.¨

3. Neste apólogo, é possível encontrar a seguinte informação:
a. A linha fica furiosa e xinga a agulha de ordinária.
b. O alfinete disse que fica onde os outros o espetam.
c. O professor de melancolia disse que sabe costurar.
d. A baronesa levou um dos empregados para a festa.

4. Leia o trecho abaixo, retirado do final do conto “Um Apólogo”, e continue a história, criando um novo desfecho ( parte final d história, como ela vai acabar) para as duas personagens principais, a agulha e a linha.
“Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura, Faze como eu, que não abro caminho para ninguém, Onde me espetam, fico. ¨

Atividade III

 Entrega segunda- feira dia 10/7/2020. Caso não possa entregar me chame e avise por favor.Vale a primeira nota do 3 bimestre ( 5 pontos).
1-Agora que vocês sabem o que é apólogo irão produzir um, pode ser frutas mobília etc.... viaje na imaginação. e não se preocupe não tem certo ou errado. 
2- Quem quiser pode primeiro fazer um esboço ou seja um rascunho e depois gravar em áudio. Aproveite sua família para participar ajudando você a fazer as falas dos personagens.Riam brinquem se divirtam com a produção. 
3- Essa atividade deve ser entregue no whats. Eu  minha família ficaremos felizes de ouvir a história de vocês. Pois cada vitória e obstáculo alcançado por  vocês eu fico muito emocionada. 
Obs. Se tiverem dificuldades chamem.


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