1. PROFESSOR -FLAVIA ALESSANDRA COELHO DA SILVA
2. TURMA - 9 B e C
3. DISCIPLINA: ELETIVAS - TEMA: TURISMO CULTURAL
4. ATIVIDADES
L– ATIVIDADES
CONTEXTUALIZAÇÃO
Hotel mal-assombrado Drácula
Processo de Evolução Histórica da Hotelaria
TURISMO-E-HOTELARIA
Desde os mais remotos tempos, o homem já necessitava de abrigo e proteção contra as intempéries e contra os animais, onde, o indivíduo nômade praticava a agricultura, caça e pesca exclusivamente para sobreviver, e, suas condições básicas eram satisfeitas através de moradia em cavernas, posteriormente em aldeias compostas por barracas rústicas, mais tarde em cabanas, e num momento seguinte, em casas.
Tais aldeias foram crescendo, se espalhando, originando cidades e fazendo com que seus moradores se relacionassem com outras localidades, com outros povoados, vilas e cidades, provocando um intenso escambo comercial e intelectual. Nos primeiros momentos, os alojamentos costumavam ser precários, normalmente os viajantes instalavam-se em casebres improvisados ou moradias de amigos e parentes.
No entanto, o surgimento das estalagens antigas foi em consequência da intensificação das viagens primitivas, tanto comerciais quanto para o intelecto, despertando a necessidade de se providenciar alojamento, dos quais eram geralmente dirigidas de perto por seus proprietários. Sendo que, com a evolução da área afim, os novos empreendimentos hoteleiros procuraram atender todas as necessidades das pessoas em trânsito e a atrair a população das regiões vizinhas para consumir seus produtos e serviços. Desta forma pode-se conjeturar que os meios de hospedagem se destacam por serem imprescindíveis à viabilidade do turismo em qualquer época.
Com o advento da Revolução Industrial, mais pessoas tiveram acesso às viagens mesmo que precárias fossem. Assim também houve o aumento e melhorias de estradas e ferrovias que favoreceram o turismo coletivo, e viajar deixou de ser privilégio dos nobres, forçando os meios de hospedagem existentes na época, a se adaptarem a esta nova situação. A partir de então, os albergues britânicos ganharam a fama de serem os melhores do mundo, com seus primeiros avanços centralizados em Londres e seus arredores. Houve também certa melhoria na qualidade dos serviços, mantida pelo alto nível de limpeza, bem como atendimento direto aos seus clientes por parte dos empresários do ramo.
Nas colônias inglesas, os primeiros albergues situaram-se nas cidades portuárias, seguindo o modelo europeu. Mas, os Estados Unidos vinha tomando a dianteira no incremento de hotéis modernos e de primeira classe, resultando em um crescimento maior do que os similares europeus. Deste modo, enquanto na Europa os hotéis funcionavam de maneira a se dirigir somente aos aristocratas, nos Estados Unidos, qualquer pessoa que tivesse disponibilidade poderia usufruir deste conforto, que obtinha, além disso, preços acessíveis. Outro fator que colaborou para esta mudança foi a ocorrência de moradias fixas em hotéis.
Já no século XX, a ação de viajar passou a ter motivações variadas, os meios de transportes e comunicação tiveram um desdobramento fantástico e o turismo de lazer obteve enorme desdobramento, assim, para os turistas, as distâncias pareciam menores por todas estas possibilidades.
Desta forma, considera-se que a hotelaria ocupa um lugar destacado na indústria do turismo, acolhendo os viajantes, proporcionando-lhes condições de boa permanência, alimentação, lazer, bem como estrutura para negócios e outras facilidades.
Paralelamente, discorrendo-se sobre o panorama histórico da hotelaria de forma a referi-la em seu surgimento desde o século VI a. C., consta que já existia demanda de hospedagem, no sentido de intercambiar comercialmente as cidades europeias da região mediterrânea. Os primeiros albergues, que eram operados de forma totalmente artesanal, eram apenas quartos ou mesmo partes de residências, mas eram estalagens com grandes alojamentos, com considerável número de camas, independentes de seus hóspedes se conhecerem.
No Império Romano existia o denominado hostellum, que era uma espécie de palacete que hospedava somente os nobres, e que espalhava sua fama por meio do luxo e dos serviços cerimoniais oferecidos a seus clientes, serviços estes, que variavam de hospedaria para hospedaria. Assim, desde seu início a hotelaria expunha tendências para venda de mordomias.
Ao final da Idade Média, advindo do crescimento das cidades e o advento da Revolução Industrial, houve um desenvolvimento na formação das estalagens, que já ofereciam além dos serviços de alojamento, refeições, cocheiras e alimentação para as montarias, serviços de manutenção e limpeza para as charretes ou outros tipos de veículos.
Também neste mesmo período surge a ideia de criar a primeira lei para registro dos hóspedes na França, objetivando a melhora na segurança das hospedarias. Analisa-se que desde esta época, os mosteiros serviam de hospedaria oferecendo serviços.
Vale ressaltar que Cézar Ritz, foi o mentor da hotelaria na França, e dizendo mais detalhadamente, o mesmo era filho de camponeses franceses, e que em 1870 construiu o primeiro estabelecimento hoteleiro em Paris, fato este considerado assim como um marco inicial da hotelaria planejada, ou seja, com banheiros privativos e uniformização dos funcionários que lhe serviam.
No entanto, o crescimento da hotelaria interrompeu-se em consequência da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918). Mas no período de 1910 a 1920, este retoma o seu desenvolvimento, ocasião esta que se denominou de a segunda época de ouro para as construções hoteleiras, assim, os empresários consideravam ilimitada a demanda de serviços hoteleiros e, neste caso foram construídos muitos dos atuais e famosos hotéis, tais como, o Hotel Pensilvânia, atual Statler, em Nova York; o New Yorker, de Ralf Ritz; o Stevens Hotel, em Chicago, dentre outros.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial (1931 a 1941), houve grande avanço na hotelaria, época em que a indústria bélica e de provisões encontrava-se em alta devido ao fornecimento dos mesmos aos países europeus em guerra. Nesta fase, inúmeros americanos convocados para a guerra se desarticulavam ao mesmo tempo em que outro tanto, se deslocava em função dos negócios. Em consequência deste acontecimento, a eficiência no atendimento abateu-se por falta de mão-de-obra qualificada, mas em contrapartida, acontece um incremento no número de hotéis.
Ao mesmo tempo, vale mencionar o surgimento da grande depressão da década de 1930, (1929 a 1939), cujo período foi o pior para o desenvolvimento da hotelaria norte americana, acontecendo o número alarmante de fechamento das propriedades hoteleiras. Mas o turismo, como desdobramento da economia, obteve recuperação significativa na década de 1950. Neste sentido, o século XX foi de ampla acuidade para o setor hoteleiro, cujas grandes redes hoteleiras se disseminaram não somente nos Estados Unidos como em todo o mundo, com o compromisso de qualidade em prestação de serviços, seguindo sempre um padrão.
Voltando o pensamento para a hotelaria, no Brasil, no período em que os bandeirantes iam e vinham em busca de ouro e prata para a Coroa Portuguesa a mesma não era muito desenvolvida, pois não existia demanda para os locais de pouso, uma vez que os viajantes não permaneciam em vilarejos, por viverem em busca dos referidos metais e de escravizar os índios que aqui também residiam. As localidades emergiam somente de um pequeno aglomerado de construções de taipa, desprovidos de qualquer conforto. No entanto há registros de historiadores de que no século XVII, houve a construção do primeiro hotel oficial de São Paulo, cujo proprietário era Marcos Lopes, seguido alguns anos mais tarde pela cigana Francisca, que construíra sua estalagem, sendo também considerada a primeira estalagem com serviços gastronômicos da mesma cidade.
O século XVII em seu contexto hoteleiro, foi o momento em que Charles Burton, improvisou a primeira classificação dos empreendimentos de hospedagem, enumerando como, primeira categoria as hospedagens de simples pouso; segunda categoria as de telheiro coberto ou rancho perto das pastagens; terceira categoria as de mistura de venda e hospedaria; quarta categoria as de estalagens ou hospedarias e de quinta categoria os hotéis.
Com o correr do tempo, as primeiras casas de hospedaria são transformadas nos pioneiros e legítimos hotéis implantados na cidade, no último quarto do século XIX. O grande impulso veio com a circulação dos primeiros trens da Linha São Paulo Railway, mais conhecida como linha Inglesa.
Consta que as primeiras e antigas hospedarias foram formadas na cidade de São Paulo, e que a implantação da mencionada linha de trens, decorre no grande acréscimo do movimento de pessoas na cidade, levando assim à conquista de valiosos negócios para os empreendedores hoteleiros.
Discorrendo sobre este contexto, vê-se que o Rio de Janeiro pelo fato de ser na época a capital do país, não foi menos importante em se tratando do turismo de negócios ocorrentes em São Paulo. E deve-se ressaltar que seu marco hoteleiro foi a construção do ainda famoso Copacabana Palace, contribuindo de forma significativa na transformação do Rio de Janeiro em polo de turismo de lazer.
Por conseguinte, de acordo com a evolução histórica do turismo, considera-se que o sistema de classificação surgiu a partir da declaração de uma lei, que em 23 de outubro de 1978, impôs a regulamentação geral para os meios de hospedagens, que por meio do Conselho Nacional de Turismo (CNtur) avaliava os equipamentos e serviços, instalações e construção do meio de hospedagem. O referido sistema classificava hotéis comuns, de lazer, pousadas e hospedarias. Faz-se necessário o momento de analisar a classificação hoteleira quanto à categoria, esta que teve sua origem nos países europeus, e era escolhida de acordo com o número de estrelas, que se fazia de uma até cinco, sendo implantada no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR).
Este instituto baseado nas classificações de vários países segmentava os equipamentos existentes e direcionava o empreendimento para novos investimentos, bem como levava em consideração os aspectos legais, as licenças, taxas municipais, fornecimento de serviços públicos básicos e instalações mínimas para os empregados.
Tal segmentação seguia uma planilha de pontos atribuídos aos quesitos distribuídos em blocos, que eram enumerados como, aspectos construtivos ou equipamentos, considerando as áreas de dependência em suas unidades habitacionais, recepção, guarda-bagagens, salas de estar, circulação, restaurantes e tipos de acabamento do prédio; as instalações que avaliavam o que existisse nas unidades habitacionais, área de alimentos e bebidas, comunicação e mobiliário; e os serviços dos quais eram atribuídos pontos pelo número de empregados por setor e no total do hotel, a troca de roupas de cama, mesa e banho do mesmo.
ATIVIDADES
REFLEXÃO
1 – Faça um breve resumo sobre o texto acima.
5. Nº DE AULAS PREVISTAS - 4
6. PERÍODOD DE REALIZAÇÃO - OUTUBRO
7. PROFESSOR - FLAVIA ALESSANDRA COELHO DA SILVA
8. VALIDADO EM ____/_____/2020
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