LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
DATA DA AULA: 20/10/2020
TEMA DA AULA: Entre
a poesia e a musica – Aprender sempre v. 3 – Aula 3.
ETAPA DE ENSINO: 2º
ano Médio
Habilidades do
Currículo do Estado de São Paulo:
Ø
Relacionar
informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário
com os contextos de produção para atribuir significados de leituras criticas em
diferentes situações.
Objetivos de conhecimento:
Ø
Reconhecer
a polissemia das metáforas potencializadas dos recursos do texto e a conotação dos
recursos estilísticos
Ø
Reconhecer
os recursos expressivos utilizados na construção poética
I – Estratégia
Ø Ler uma canção e
analisa-la
Ø Perceber seus
recursos estilísticos
Ø Contexto histórico
Ø Recursos expressivos.
II – Leia a música e escreva suas considerações em
algumas linhas- escreva seus sentimentos e seu entendimento.
Responda as questões da apostila p. 8
Letras- Construção
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague
Compositores: Francisco Buarque De Hollanda
BONS ESTUDOS.
Lilibordinhao @gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário